O cigarro eletrônico tem sido uma tendência aqui no Brasil, principalmente entre os mais jovens. Se você quer entender um pouco mais sobre esse objeto, como funciona e demais informações, continue lendo.
Cigarro eletrônico que também é conhecido como vape, e-cigarete, ecigar ou apenas tabaco aquecido, trata-se de um dispositivo que possui um formato de um cigarro convencional ou caneta.
Apesar de estarem em alta no Brasil no momento da escrita deste artigo, os cigarros eletrônicos não são tão recentes assim.
Eles surgiram há cerca de duas décadas, como uma alternativa mais saudável e glamorosa do que o cigarro tradicional, que fez o caminho inverso e veio perdendo usuários ao longo dos anos.
Algumas pessoas utilizam os vaporizadores como alternativa para o cigarro tradicional devido ao hábito de soprar fumaça.
Além disso, as concentrações de nicotina são reguláveis e o cigarro eletrônico não queima substâncias tóxicas, apenas vaporiza o juice, líquido que vai no dispositivo.
O cigarro eletrônico funciona em diferentes concentrações de nicotina e sabor. Dessa maneira, é possível optar pela vaporização, que oferece menos riscos à saúde do que a combustão oferecida pelo cigarro comum. Menos riscos, mas não isenta.
Recentemente na Inglaterra, a agência reguladora abriu caminho para que os vaporizadores sejam oficialmente prescritos por médicos para ajudar pessoas que querem parar de fumar cigarro tradicional.
Mas já existem estudos que mostram que essa estratégia da Inglaterra levou ao aumento da mortalidade cardiovascular.
Embora não tenha monóxido de carbono, o cigarro eletrônico tem muitas substâncias químicas, como partículas ultrafinas que estão relacionadas à mortalidade cardiovascular, explica o pneumologista Paulo Corrêa, coordenador da Comissão Científica de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
As substâncias presentes no cigarro eletrônico
Mais estudos mostram ainda que existem ao menos vinte substâncias tóxicas no vapor dos cigarros eletrônicos. A maioria é formada pela degradação química dos componentes presentes no líquido durante o processo de vaporização.
Destas, pelo menos sete podem provocar problemas graves no organismo. Para fator de comparação, o cigarro convencional contém 4700 compostos tóxicos.
Outro agravante é que não há evidências de que o dispositivo ajude os que lutam para abandonar o tabagismo. Para Jaqueline Scholz, diretora do Programa de Tratamento do Tabagismo do Incor, o cigarro eletrônico não é uma opção para parar de fumar. Ela complementa dizendo:
“Para quem faz cessação, parar de fumar é parar de usar nicotina e não parar de usar cigarro. Esse seria um bom tratamento se o usuário conseguisse ficar livre de tudo, mas não é o que acontece. Há apenas a troca do vício.”
Em geral, os ingredientes dos cigarros eletrônicos são propilenoglicol, glicerol e essências aromatizantes. O teor de nicotina e o sabor da essência, varia de acordo com o fabricante, assim como a dosagem de nicotina.
A mais baixa equivale a seis cigarros comuns. A mais alta a 18 cigarros comuns. As versões aromatizadas, com sabores doces e mentolados, são as preferidas dos adolescentes e jovens.
Em 2019, 2.500 casos de doenças pulmonares e 55 mortes nos Estados Unidos foram associados à vaporização de cigarros eletrônicos contendo THC da cannabis e acetato de vitamina E, substância presente em muitas essências.
Também há preocupação com os efeitos de longo prazo dos cigarros eletrônicos, que ainda são desconhecidos, e com seu potencial viciante entre adolescentes.
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