Quando se tem uma doença, incurável, progressiva e fatal, fica um tanto difícil para saber como lidar com o problema, ainda mais quando se trata de como escolher uma clínica de recuperação para dependentes químicos. Lidar diariamente com altos e baixos, com o seu cérebro criando artimanhas para que vocẽ vá atrás de uma substância que te dê prazer momentâneo, sinceramente não é fácil. Se você está em dificuldades, justamente no quesito de escolha de uma instituição para seu familiar ou amigo, você está na página certa.
Incurável, Progressiva e Fatal
Muitas das pessoas, sequer conseguem entender o que é a doença do comportamento adictivo, ainda mais se está relacionada à dependência química. “Isso é falta de ocupação” ou até mesmo conotar alguém como “vagabundo” é comum de se ouvir. Justamente porque pessoas que, por falta de conhecimento, acabam pré-julgando e até mesmo tendo esse preconceito em relação à pessoa que é adicto.
Todos sabemos que os comportamentos compulsivos e obsessivos surgem em momentos de fraquezas. Eles vêem para suprir a necessidade de algo ou na tentativa de esconder alguns sentimentos que têm a conveniência de ser escondido. Sendo assim, podendo estar ligado ao processo de obsessão e compulsão de substâncias químicas, ou seja, a dependência química.
Um Mal Fatal do Incurável
Mas porque a dependência química é tão perigosa? Não que outras doenças que envolvam esse tipo de distúrbio comportamental também não mereçam a devida atenção, afinal, excessos fazem mal à qualquer um. Mas a dependência química, dependendo da substância que se é estabelecido à relação, pode levar a morte do dependente mais rápido do que se imagina. (saiba mais clicando aqui).
Portanto, saber em qual território o dependente químico está pisando e mais que de extrema, mas de vital importância para o auxílio ao criar uma estratégia de tratamento, ainda mais em como escolher uma clínica de recuperação para dependentes químicos. Portanto, antes mesmo de escolher a instituição deve-se buscar um suporte de pessoas capacitadas para essa ajuda essencial e vital.
Desconfiar, Recorrer e Ajudar.
Todo pressuposto de que um ente querido ou um amigo está usando drogas, parte de questões de desconfiança. Atitudes e comportamentos que anteriormente eram sadios e frequentes, acabam se transformando em isolamento, manipulação e mentiras. E como consequência, geram desconfiança de pessoas próximas. E esse processo é importante para que o primeiro passo para poder ajudar seja dado.
Tentar entender o porque a pessoa teve essas atitudes, de uma maneira carinhosa e sem julgamentos precipitados, é importante para que seja dada uma abertura e abrir um canal. Sendo assim, extrair que se está tendo um contato com substâncias psicoativas nocivas para a saúde, já norteia o caminho para um tratamento.
A partir disso, não é fácil lidar com o sentimento que se instala posteriormente. Questionamentos surgirão normalmente, mas tem de ser assertivo e tomar atitudes rápidas e eficazes para o tratamento. E se você não souber como agir, procure um centro de atenção psicossocial (CAPS) da sua cidade para melhores orientações. Sendo assim, para ajudar você precisa estar respaldado emocionalmente e com o devido conhecimento sobre o assunto drogas.
Posteriormente, vamos ajudar. Chegou a hora de colocar a mão na massa e seguir em frente com o tratamento. Agora deve-se total atenção ao ente que está sofrendo com questões de drogadicção. Agora deve-se observar se aumentaram as saídas, as mentiras, os processos de manipulação para então manter a rotina do uso. Se isso aumentou demasiadamente de maneira que seu ente querido esteja passando dias fora de casa, deve-se repensar sobre realizar uma internação compulsória ou involuntária.
Agora se o canal de conversa a respeito de tratamento em clínicas e hospitais psiquiátricos estiver aberto, porque não recorrer à essas instituições. Ambos podem sentar e conversar sobre o assunto. Ambos podem realizar visitas antes de realmente efetivar tal processo. Será doloroso à princípio mas gratificante ao final.
Clínicas VS Hospitais
Se seu familiar está abertamente interessado na questão da internação, ótimo. Será de grande valia para ele e para você que vai tomar a atitude entender como funcionam as instituições. Se são abertas ou fechadas ou se são consideradas hospitais psiquiátricos. Justamente porque o foco é a assertividade no tratamento para que haja uma alta taxa de adesão pelo paciente.
Dependendo do estado em que o ente ou amigo está, por via das dúvidas e por mais difícil que seja, deve-se recorrer à hospitais psiquiátricos e clínicas fechadas. Normalmente são nessas instituições que pessoas, em decorrência do uso, obtiveram comorbidades. Ou até mesmo, pessoas que estão em uso frenético e abusivo devem ser internadas compulsoriamente. Apesar de difícil para ambas as partes, é necessário.
Quando se tratam de clínicas abertas a história já é bem diferente. Normalmente, são nesses ambientes que pacientes que lá estão, aderem o tratamento de forma consciente e que como consequência têm adesão ao tratamento é voluntária. Isso é um grande passo para o paciente que está aceitando o método de intervenção. Consequentemente, o período de realização do mesmo, é maior. Podendo variar de 3 meses à 12 meses de permanência.
Assertividade, Adesão e Tratamento
Salutamos o quão importante é a questão de confiança entre adicto/familiar ou adicto/amigo dentro dos processos que envolvem em como escolher uma clínica de recuperação para dependentes químicos. A base de conhecimento e proximidade entre ambos ajudam em muitas das vezes na questão da assertividade do local para se internar o adicto em questão.
A adesão ao tratamento é um conjunto que envolve não só a instituição em si, mas também o apoio da família e a predisposição e abertura do paciente em aderir ao tratamento. Principalmente quando se está sendo voluntariado, esse trabalho tem de ser estruturado, justamente para que o dependente químico não queira trocar de instituição.
Por fim, ao aderir ao tratamento os resultados são progressivamente positivos. Estando limpo, questões como pensamento reflexivo, amor, valorização do eu, valorização da família, começam vir à tona. E as atitudes do período pré-adicção retornam posteriormente. As clínicas de recuperação e hospitais psiquiátricos não fazem milagres. Elas permitem ao dependente químico a chance de uma nova maneira de viver sem as substâncias químicas. Mas ao mesmo tmepo, todo o trabalho dessa recuperação recai sobre o paciente e não a instituição.
“Não somos responsáveis pela nossa doença,
mas somos responsáveis pela nossa recuperação.”
Autor: Renan Rugolo Ré