O dependente químico sente uma necessidade de consumir bebidas, cigarros ou drogas, pois está associado a momentos de prazer, relaxamento e diversão. Acreditam que há benefícios no uso de drogas.

À medida que o uso vai se prolongando, o organismo tenta se adaptar às novas condições e por conseguinte, inicia-se o processo de dependência.

É uma doença crônica onde o usuário não consegue controlar as suas escolhas. Algo que favorece o desgaste familiar e a miséria de milhares de pessoas. No entanto, esse vício pode ser tratado.

A dependência apresenta diversos fatores (biológicos, psicológicos e sociais) que contribuem para que qualquer pessoa predisposta, se torne dependente.

O consumo prolongado de drogas tem ação tóxica:

O consumo prolongado de drogas tem ação tóxica sobre diversos órgãos como:

• Danos ao sistema nervoso, acarretando em demência;

• Diminuição da sensibilidade e da força muscular;

• Gastrites e úlceras, no estômago;

• Hepatite;

• Cirrose;

• Aumento no risco de pressão alta e acidentes vasculares;

Um dos principais sintomas visíveis é o isolamento do dependente dos familiares e amigos. Seu comportamento fica alterado e causam mudanças na sua própria rotina e nas pessoas ao seu redor de forma negativa.

As causas relatadas por pessoas que iniciaram o uso de substâncias químicas é de que se sentiram motivados por pessoas que fazem o uso de drogas, por curiosidade ou como fuga dos problemas.

E a pergunta que fica: “Como eu sei que o dependente está no fundo do poço se ele não aceita ajuda?”

Não há um limite seguro no consumo de drogas. Quando a dependência interfere nas relações familiares, na vida profissional e na situação econômica, já chegou ao limite máximo.

O vício é algo muito rápido. O dependente inicia nas drogas mais leves, por causa da sensação boa que elas oferecem, faz com que logo o consumo por drogas pesadas comece.

Então, o usuário começa a gastar todo o dinheiro que tem, e roubar para conseguir o que não tem, tudo para fugir dos problemas, de um emprego que não gosta ou um casamento ruim.

E finalmente chega ao fim do poço: Vidas são interrompidas, carreiras acabadas e casamentos destruídos, são resultados da vida de quem vive para o vício.

E essa é a grande encruzilhada da dependência: se o dependente irá aceitar ajuda, se ele realmente quer mudar ou se entregar de vez.

Não é um passo fácil e requer compreensão e paciência. Pode ser dividido em cinco estágios: pré-contemplação, contemplação, preparação, ação e manutenção.

No texto abaixo, confira sobre os cinco estágios que um dependente passa após sair do fundo do poço e caminhar para a reabilitação.

Fase de Pré-Contemplação:

Essa pessoa tem dificuldades de ver os prejuízos causados, e acreditam que podem parar de consumir drogas quando quiserem. E quando procuram um tratamento é por influência de outras pessoas e não por vontade própria.

Podem permanecer nessa etapa por muitos anos, pois não veem como necessidade a mudança.

Fase de Contemplação

Na contemplação, o indivíduo começa a perceber e relacionar os seus problemas com o uso de drogas: “O emprego não deu certo, não porque não sou competente, mas as drogas não permitiam que eu tivesse produtividade.”

“Meu casamento não deu certo porque o meu cônjuge não aguentou me ver deixando tudo de lado, mesmo que tenha estendido a mão todas às vezes.”

É aqui que eles cogitam a possibilidade de mudança, mas ainda não cogitam um tratamento.

Então, veja nas próximas fases inicia-se o processo de reabilitação.

Fase de Preparação ou Determinação

O dependente está determinado em fazer a mudança, porém ainda não houve nenhuma ação quanto ao ato.

Fase de Ação

O usuário está determinado a mudar e busca tratamento para a mudança.

Superar a dependência exige uma combinação de intervenções para ajudar o dependente. Mas de início é necessário identificar os gatilhos que dão início ao comportamento para apresentar soluções.

Veja os tipos de tratamentos buscados pelos dependentes químicos:

Desintoxicação: É a fase inicial do tratamento e pode durar de 20 a 45 dias, dependendo do grau de dependência e toxidez do organismo e o perfil psicológico do indivíduo. Durante o processo podem ocorrer abstinências e recaídas no processo.

• A falta da substância causa ansiedade, irritação e depressão, por isso é crucial a ajuda de amigos e familiares nessa etapa. É um fator determinante para preparar o paciente para o tratamento.

• Psicoterapia: Combina o suporte psicológico com medicamentos. Nessa etapa é trabalhado o aconselhamento para evitar comportamentos que colocam a saúde em risco.

• Medicamentos: Esse processo deve ser monitorado para que o dependente não adote comportamentos prejudiciais fazendo o uso abuso dos remédios.

O organismo de um indivíduo dependente de drogas e álcool intoxicado, está habituado a receber altas doses de substâncias químicas.

Após o processo de intoxicação, o corpo apresenta sinais de síndromes de abstinência, com fortes dores de cabeça e, muitas vezes, se faz necessário a prescrição de analgésicos.

• Internação: é um importante passo de superação do vício. A internação afasta o indivíduo de ambientes que tenham contato com as drogas.

Fase de Manutenção

Este é o último estágio, é caracterizado pela persistência dos usuários, agora ex-usuários, em ações bem sucedidas. Nesta fase do processo a necessidade de consumir álcool e drogas diminuem e as recaídas também.

Há busca por um estilo de vida mais saudável, e também o indivíduo constrói diversas habilidades e estratégias para mudar

O vício não é algo fácil, muitas vezes as pessoas em busca de mudanças no estilo de vida ou por más influências, acabam caindo nas drogas. E o que parece um poço sem fundo, sempre há uma saída.

A dependência química necessita de tratamento clínico e intervenções psicológicas e sociais, que atendam as necessidades de saúde do usuário e de sua família.

Essas iniciativas mantêm em equilíbrio a dependência, remissão dos sintomas de abstinência e impedem de ocorrer recaídas.

Portanto, para ajudar nessa jornada de recuperação, existem comunidades de assistência que atuam na reintegração do dependente à família e à sociedade.