Mesmo proibido no Brasil, startups investem no plantio de cannabis

startups investem no plantio de cannabis

Apesar de empresas serem permitidas a instalar fábricas, beneficiar e vender canabidiol em farmácias desde o ano passado (2020), por enquanto nada de plantio de cannabis medicinal no Brasil, mesmo com fins terapêuticos. Ainda assim alguns empreendedores resolveram investir em negócios que atuam no plantio para fins medicinais. Continue lendo para saber mais sobre o assunto.

Duas empresas que já colocaram seus projetos para tocar, mesmo que os negócios ainda não possam acontecer são: Adwa Cannabis e a Kaneh Bosm Genes.

Ambas são startups criadas em ambientes universitários interessadas em atuar num mercado sem a dependência de trazer o canabidiol do exterior, como ocorre atualmente.

Na Adwa Cannabis, startup criada pelo agrônomo e geólogo Sérgio Rocha na Universidade Federal de Viçosa, a ideia é ter o melhoramento genético da cannabis como aliado no modelo de negócios.

Isso significa pesquisar a fundo a planta para garantir, por exemplo, sementes sob medida. Com o tempo, a ideia é ter produtos de qualidade superior, um canabidiol gourmet criado em laboratório.

Mesmo o negócio da Adwa Cannabis sendo impedido pela legislação, a startup conseguiu uma autorização legal especial para cultivar as plantas em estufas dentro da Universidade Federal de Viçosa e ensaiar as propostas.

O Projeto de Lei 399 prevê autorização para o plantio de cannabis começar a existir no Brasil, mas por enquanto ele só foi aprovado em Comissão Especial na Câmara, ainda precisa do aval do Senado e do Palácio do Planalto.

Ele prevê a permissão para o plantio industrial, medicinal e de pesquisa da cannabis. No entanto, as coisas não devem ser tão rápidas.

Plantio de cannabis, um negócio bilionário

 

Plantio de cannabis

Um dos principais motivos de startups investirem no plantio de cannabis no Brasil, mesmo que a lei ainda não entre em vigor, é que este mercado tende a ser muito lucrativo.

R$ 26 bilhões é o valor estimado que o mercado de cannabis poderia alcançar em seu quarto ano de legalização de uso e cultivo em solo nacional.

A previsão é de um levantamento feito pela Kaya Mind, consultoria brasileira de inteligência de dados de cannabis.

Apenas por comparativo, esse montante bilionário equivale a toda a movimentação do mercado de compras por celular no Brasil em 2019.

Ou, então, ao valor da produção de agrotóxicos e da venda de insumos para embalagens de plástico por aqui em 2018.

Outros dados da consultoria estimam que, mediante uma regulamentação mais abrangente, no quarto ano de legalização os cofres públicos poderiam ter uma injeção de R$ 8 bilhões em impostos.

Esse montante seria suficiente, por exemplo, para preservar o orçamento do Ministério da Educação, que teve corte de R$ 4 bilhões em 2021, ou cobrir os gastos do SUS (Sistema Único de Saúde) com dependentes químicos pela próxima década.

Apenas para deixar claro, estamos abordando o assunto do plantio de cannabis para fins medicinais. Para fins recreativos, a Clínica de Recuperação em São Paulo acredita que traz muitos mais males do que benefícios, inclusive causando a dependência química.

E por falar em dependência química, se você conhece alguém que esteja com esse problema e precisa de ajuda profissional, entre em contato conosco. Será uma grande satisfação para nós poder ajudar!

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